Monique Medeiros segue presa no Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica, na Zona Oeste do Rio, pela morte do filho, o menino Henry Borel. O ex-companheiro da professora, Jairo Souza, também está preso pela morte do enteado. O ex-casal responde pelo crime de homicídio qualificado, tortura e fraude processual.
Henry faleceu no último dia 8 de março, inicialmente sob circunstâncias misteriosas. Porém, as investigações comprovaram que a criança foi brutalmente agredida devido às inúmeras lesões encontradas em seu corpo. Desde que foi presa, Monique vem afirmando que não sabia da violência imposta ao filho por Jairo naquela noite.
As investigações apontam que a professora já havia sido informada sobre o comportamento agressivo do ex-vereador com o enteado. De dentro da prisão, Monique vem escrevendo cartas em sua defesa. Em uma das últimas, a mãe de Henry afirmou que foi vítima de uma relacionamento abusivo, chegando a ser agredida pelo ex.
O Jornal Extra teve acesso às últimas cartas enviadas pela professora à família. Nos registros escritos de próprio punho, Monique Medeiros reflete sobre perdão e aceitação. “Precisamos aceitar o que nos aconteceu como algo que faz parte da vida, resultado não da vontade de Deus, mas de um mundo caído sem Deus“, diz em um trecho.
A mãe de Henry também fez desenhos infantis e se declarou ao filho. Por fim, a professora afirmou que estava separada da família momentaneamente, mas que em breve todos estariam juntos de novo. Monique e Jairo devem ir à Júri Popular, momento em que a sentença definitiva será definida.