Uma moradora da capital paranaense, Curitiba, usou as redes sociais para alertar sobre o preconceito e também proporcionar conhecimento aos seus seguidores acerca da doença rara que possui. Além disso, Karina Rodini usou o artifício para encorajar outras pessoas portadoras da mesma enfermidade.
Karina ainda não possuía dois anos de idades completos quando sua família descobriu que a mesma era portadora da neurofibromatose, um conjunto de doenças genéticas que acabam afetando com maior agressividade o sistema neurológico e a pele.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), mutações genéticas dão origem à doença, que por sua vez, possui sintomas imprevisíveis, sendo o aparecimento de nódulos e neurofibromas dos mais variados tamanhos os seus principais sinais.
Karina revelou que diversas pessoas questionam a razão pela qual ela se expõe, porém, ela afirma que suas redes sociais não possuem o objetivo de que as pessoas tenham pena de sua condição, mas sim, mostrar que mesmo com a neurofibromatose ela sai e curte sua vida.
Por conta da evolução da doença, Karina precisou deixar o cargo de auxiliar administrativa que ocupava em um centro universitário. “Dava sexta-feira eu já estava na rua, queria sair. Aí veio a pandemia e a minha situação se agravou, até parece que foi combinado“, revelou ela.
Com a pandemia em pleno curso e sem trabalho, Karina passou a dedicar seu tempo livre à pesquisa acerca de sua doença e optou por compartilhar com outras pessoas o conhecimento adquirido e as redes sociais foram uma grande ajuda nessa tarefa. Atualmente, somente no Instagram ela já conta com um público de 34 mil seguidores.
Segundo o Neurofibromatosis Center, cerca de 80 mil pessoas possuem diagnóstico de neurofibromatose tipo 1 no Brasil.