Jair Bolsonaro pode ser indiciado por charlatanismo e curandeirismo, após decisão da cúpula da CPI da Covid

A decisão se deu durante um almoço nesta quarta-feira (11), no intervalo do depoimento do representante da Vitamedic.

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A cúpula da CPI da Covid decidiu, durante um almoço ocorrido nesta quarta-feira (11), que irá propor que o presidente da República, Jair Bolsonaro, seja indiciado pelos crimes de charlatanismo, curandeirismo e propaganda enganosa. O encontro se deu no decorrer do intervalo do depoimento prestado por Jailton Batista, representante da empresa do ramo farmacêutico Vitamedic, para a comissão.

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Na ocasião, estavam presentes o senador Omar Azis, presidente da CPI, o senador Randolfe Rodrigues, vice-presidente da comissão, e Renan Calheiros, o relator. A sugestão de indiciamento do presidente Jair Bolsonaro constará no relatório final da comissão, que deverá ser entregue por Renan.

Ao blog do Valdo Cruz, dentro do portal de notícias G1, o vice-presidente da comissão confirmou o que será proposto e reafirmou quais serão as sugestões de indiciamento. Além disso, acrescentou que a decisão desta quarta-feira (11) não anula os demais pedidos de indiciamento sob outras acusações.

Ainda segundo Randolfe, o depoimento prestado pelo representante da Vitamedic, empresa que teria atingido altos lucros com a comercialização de medicamentos sem eficácia comprovada para o fim proposto, comprovaria que a saúde da população teria sido posta em risco, por conta da atuação de Bolsonaro, na divulgação de remédios ineficazes no tratamento da doença causada pelo coronavírus.

Além disso, a cúpula da CPI também optou por tornar a empresa responsável pelo ato de defender o uso ilegal de medicamentos, que não possuem eficácia comprovada, e está analisando o pedido de bloqueio de bens da mesma.

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