Hélio Valdez Schwantes, de 75 anos, e Eroni Terezinha dos Santos, de 74, dedicaram mais de 50 anos um ao outro. Nascido em Porto Alegre, Hélio se casou com a jovem de Lages, em Santa Catarina, em 1967. Quinze anos depois, eles deixaram o Sul do Brasil em direção à Baixada Santista, onde a morte por Covid-19 os separou.
O casal de idosos já estava vacinado contra Covid-19. Ambos contraíram a doença causada pelo coronavírus. Eroni Terezinha enfrentava um câncer – havia retirado um tumor recentemente – e seu estado de saúde preocupava. Tudo ficou pior no dia 23 de junho.
Hélio, internado na unidade de pronto atendimento (UBS) de Santos, morreu vítima da doença nesta data. Quando Terezinha, que estava internada na Santa Casa da cidade, ficou sabendo seu estado de saúde piorou. O medo dela era morrer e deixar o marido.
Com a morte dele, o filho conta que a mãe se entregou. “Meu pai sempre foi muito ligado a ela, eram muito unidos, e ela estava muito preocupada de morrer e deixar o meu pai. Ela praticamente se entregou (quando descobriu a morte)”, explicou Rafael Schwantes, de 48 anos, ao G1. Segundo ele, a mãe era uma lutadora.
No dia 8 de julho, Terezinha morreu em decorrência da doença causada pelo coronavírus. Hélio e Terezinha deixaram quatro filhos e muitos netos. Tristes e abalados, há unanimidade que o principal legado deixado pelo casal é a união e amor.
Segundo Rafael, a família sempre foi muito unida e continuará assim apesar da morte dos pais. Terezinha era o centro da união familiar. O rapaz alertou que a pandemia ainda não acabou e que cuidados devem ser colocados em prática para evitar a contaminação pela doença.