Bolsonaro afirma que pode não aceitar resultado das eleições de 2022 caso projeto que apoia não seja aprovado

Durante entrevista, o presidente voltou a falar de fraude nas eleições de 2018 e afirmou que pode não aceitar resultado de 2022.

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Nesta quarta-feira (7), o presidente da República Jair Bolsonaro voltou a tecer comentários em apoio à implementação do voto impresso. Além disso, durante entrevista concedida à Rádio Guaíba, de Porto Alegre, o mandatário chegou a dizer que seu lado pode vir a não aceitar o resultado das urnas em 2022.

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Segundo Bolsonaro, se o voto e sua contagem permanecerem de forma eletrônica e sem a contagem pública, “eles vão ter problema, porque algum lado pode não aceitar o resultado. Esse lado obviamente é o nosso lado. Nós queremos transparência. Havendo problemas, vamos recontar”, declarou o presidente.

Na mesma entrevista, o chefe do executivo brasileiro afirmou novamente que apresentará provas de que o sistema utilizado pelo Brasil para a realização das eleições está sujeito a fraudes e que sua vitória, em 2018, teria sido definida ainda no primeiro turno.

Além disso, Bolsonaro ainda afirmou categoricamente que Aécio Neves (PSDB) teria vencido as eleições presidenciais que disputou contra a candidata petista Dilma Rouseff, em 2014, porém, não apresentou provas de que, de fato, isso teria acontecido.

Atualmente, Bolsonaro é o maior representante do grupo que defende as eleições através do voto impresso e que prega que o atual sistema eleitoral, que conta com o uso de urnas eletrônicas para votação e contagem de votos, é passível de fraude.

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Em contrapartida, o atual presidente do STF, Luís Roberto Barroso, atua a favor das urnas eletrônicas e contra a aprovação da PEC que obriga a impressão do voto. Os ministros Alexandre de Moraes e Edson Fachin compartilham do mesmo pensamento que Barroso a respeito do assunto.