Avô de menino morto após ser espancado pelo pai por tarefa de casa desabafa: ‘Ele não é um pai, é um monstro’

Garoto estava sob guarda do pai há cerca de três meses, após parecer do Conselho Tutelar.

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Avô materno do menino Elias Emanuel Martins Leite, Nivaldo Fonseca, falou pela primeira vez após o bárbaro caso de morte do neto de 6 anos, que foi agredido pelo próprio pai no último final de semana, em Caratinga (MG) por não saber uma tarefa escolar. A criança estava internada em estado grave no Hospital João XXII, em Belo Horizonte, mas não resistiu aos ferimentos, e teve morte cerebral confirmada da segunda-feira (28). 

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O garoto residia com o pai, a madrasta e outra criança de um ano. Ele estava sob guarda do genitor há cerca de três meses, e já havia perdido a mãe em 2015, vítima de um afogamento, quando ele ainda era bebê. 

Antes de ser entregue novamente ao pai, Elias Emanuel morava com a avó e uma tia, que segundo Nivaldo, cuidavam muito bem do garoto. O agressor do menino já havia perdido a guarda dele anteriormente.

O avô materno alega que o Conselho Tutelar de Caratinga concedeu o direito da guarda novamente ao pai, algo rechaçado pelo órgão, que emitiu uma nota, se posicionando.

Desabafo

Em entrevista ao portal G1, Nivaldo Fonseca desabafou contra o ex-genro e disse que a família está muito abalada com o caso, esperando que se faça Justiça na morte do garoto.

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“Ele não é um pai, é um monstro. A gente não pode fazer justiça com as próprias mãos, porque a vontade é de fazer. Mas como se diz, Deus cobra e vai cobrar dele pelo o que ele fez. Tenho certeza”, concluiu.

Alegação

Segundo informações repassadas pela Polícia Civil de Caratinga, o suspeito de agredir e provocar a morte do filho confessou todos os ataques contra a criança, e justificou estar sob o efeito de bebida alcóolica, algo que foi constatado pelas autoridades.

Em um primeiro momento, ele foi preso em flagrante por crime de tortura qualificada, e viu sua situação ficar ainda mais delicada por conta da morte da criança. Os investigadores aguardam laudos dos peritos e vão apurar mais detalhes para concluir o inquérito e entregar o processo à Justiça. O rapaz de 26 anos, que não teve a identificação revelada por questões de sigilo, já tem passagem pela polícia, envolvido em um caso de homicídio.