Bolsonaro defende remédios e dispara contra a Coronavac: ‘Não tem comprovação científica’

Ao ver do presidente da República, a indústria farmacêutica defende a vacina porque é mais cara do que os remédios.

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O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou na última terça-feira, 16, que a vacina Coronavac, desenvolvida contra a Covid-19 pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, “não tem comprovação científica ainda”. Mesmo assim, vale ressaltar que o imunizante já passou pelas três fases de testes e também teve o seu uso emergencial aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

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As declarações envolvendo o imunizante foram feitas pelo chefe do Executivo durante uma entrevista concedida para à SIC TV, afiliada da Record TV, na noite da terça-feira.

E não foi só isso, Bolsonaro ainda fez questão de dizer que a vacina Pfizer teria mais credibilidade do que a que vem sendo distribuída no Brasil.

Vale ressaltar que mesmo falando hoje sobre a “credibilidade” do imunizante Pfizer, o governo Bolsonaro chegou a demorar meses para responder às ofertas feitas pela farmacêutica.

Há uma semana, durante um culto evangélico na cidade de Anápolis, em Goiânia, o presidente da República voltou a defender o uso de medicamentos sem comprovação cientifica no tratamento da doença. Na ocasião, Bolsonaro ressaltou que as vacinas ainda estariam em “fase experimental” no país. Contudo, vale ressaltar que atualmente não há vacinas em fase experimental no Brasil.

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Na terça-feira, novamente Bolsonaro defendeu o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19. Ao falar sobre o assunto, o chefe do Executivo ressaltou que a indústria farmacêutica se preocupa mais com as vacinas do que com os remédios porque os imunizantes são mais caros.