Um homem de 31 anos que estava internado com suspeita de um quadro de mucormicose, conhecida como doença do “fungo negro”, morreu nesta segunda-feira (14), no Hospital das Clínicas, em Goiânia.
O material do paciente foi coletado para análise com o objetivo de constatar o diagnóstico positivo ou não para a mucormicose, que vem apresentando uma alta de casos em tempos de pandemia do coronavírus.
O homem, que não teve a identidade revelada, tinha diabetes e o quadro era gravíssimo. Responsável pela superintendência do Hospital das Clínicas, José Garcia afirmou que o paciente não teve um quadro de Covid-19 confirmado, mas que o cenário de comprometimento pulmonar era intenso e a infecção se parecia tanto com Covid-19 como mucormicose.
“Ao mesmo tempo, começou a apresentar esse quadro de necrose facial na região maxilar, com comprometimento no nariz e no olho. Posteriormente, ele evoluiu para um acidente vascular cerebral, que também é compatível com essas micoses”, disse o superintendente.
Acionada pelo G1, a Secretaria Estadual de Saúde disse que ainda está apurando o caso para se posicionar oficialmente. Segundo Garcia, os exames realizados para mucormicose e Covid-19 são inconclusivos.
Alerta
Embora a direção do hospital siga a linha de especialistas afirmando que não há motivos para ter pânico, uma vez que a doença não é contagiosa, ou seja, não é transmitida de humano para humano, o caso suspeito liga o alerta das autoridades sanitárias, uma vez que há o crescimento do índice de pacientes com mucormicose em solo nacional.
Cientistas ainda tentam descobrir a ligação da doença bacteriana com a Covid-19. A doença do fungo negro é datada de longa data, não é nova, como muitos pensam, mas a intensificação dos casos neste cenário de Covid-19 tem despertado atenção dos especialistas.