O estado do Pará registrou o primeiro diagnóstico de mucormicose, popularmente conhecida como doença do fungo negro. O caso do paciente está associado à Covid-19. O homem foi transferido até a cidade de São Paulo para ter maior suporte no tratamento. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa).
Segundo o órgão, o primeiro caso foi confirmado em um idoso residente no município de Santana do Araguaia. Ele estava internado no Hospital Regional de Conceição do Araguaia, tratando um quadro positivo de Covid-19.
Diante de uma melhora dos sintomas, ele recebeu alta hospitalar. Contudo, dias depois de deixar a unidade, ele piorou, e voltou a procurar ajuda médica. Na segunda internação, ele recebeu o diagnóstico de fungo negro.
“Estamos investigando o caso para detectar o local provável de infecção. Além disso, realizamos ações de orientação junto aos profissionais do hospital relacionadas às medidas sanitárias necessárias para evitar a transmissão intra-hospitalar deste fungo”, disse a nota publicada pela Secretaria de Estado de Saúde Pública.
A exemplo de situações ocorridas em outros estados, o Ministério da Saúde já foi notificado e informado sobre o primeiro diagnóstico de fungo negro no Pará.
Outros casos
Além do Pará, outros estados brasileiros já computaram casos confirmados e suspeitos de mucormicose, entre eles Ceará, Rio Grande do Norte, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Cientistas ainda tentam entender a ligação do fungo negro com a Covid-19. Nos últimos meses, diante do cenário de pandemia, os casos deste problema cresceram exponencialmente.
Vivendo uma situação bastante caótica por conta da Covid-19, a Índia já registrou quase 10 mil casos de mucormicose em um curto intervalo de tempo. Não contagiosa, a doença tem como principais sintomas dores de cabeça, febre, nariz entupido, secreção nos olhos, convulsões e até mesmo perda de consciência.