O caso do ataque à creche Pro-Infância Aquarela, em Saudades (SC), ocorrido no início do mês passado, gerou forte comoção nacional e revolta. Armado com um facão, o jovem Fabiano Kipper Mai entrou na unidade de ensino infantil disposto a vitimar o máximo de pessoas possível, e ceifou a vida de cinco pessoas – três delas, bebês menores de 2 anos de idade.
Detido de forma preventiva, o adolescente que ficou mais de uma semana internado no Hospital Regional do Oeste (HRO), em Chapecó, aguarda o andamento do processo, no qual foi indiciado por cinco homicídios triplamente qualificados e outras 14 tentativas de homicídio.
Na última sexta-feira (4), o site “ClicRDC”, exibiu uma entrevista exclusiva com o advogado de Fabiano Kipper, Demetryus Eugênio Grapiglia. Na reportagem, o profissional evidenciou a idolatria do adolescente por assassino, e externou algumas conversas tidas com o cliente na penitenciária em que ele se encontra detido.
O portal também publicou trechos do diálogo entre Demetryus e o autor do massacre na creche Aquarela.
– Advogado: “O que a polícia te perguntou no teu interrogatório?”
– Fabiano: “Se eu gostava de assassinos”.
– Advogado: “O que você respondeu?”
– Fabiano: “Eu gosto de assassinos, li e pesquisei muito sobre eles.”
O jovem ainda foi questionado por Demetryus se os assassinos fossem até a casa dele (Fabiano), onde moram os país, avós e irmã, qual seria a reação dele. O jovem não titubeou ao dizer que os criminosos seriam bem recebidos.
Fabiano planejava atacar a própria escola onde cursava o Ensino Médio, mas pelo fato de não conseguir comprar armas de fogo, o jovem declinou do plano, e decidiu ter a creche como alvo, ciente de que encontraria uma maior fragilidade e conseguiria executar a ação com o uso de armas brancas.
Veja a entrevista do advogado:
https://www.facebook.com/watch/live/?v=1157243144783607&ref=watch_permalink&t=76
Luto
Na última sexta-feira (4), o ataque à Escola Pro-Infância Aquarela completou um mês. As cinco famílias que perderam seus entes queridos ainda tentam superar o duro baque sofrido.
Além das três crianças, outras duas funcionárias da unidade foram vítimas fatais do massacre. Um bebê ficou gravemente ferido, mas se recuperou dos ferimentos, e recebeu alta para retornar ao seio da família.