Uma mulher morreu vítima de mucormicose, popularmente conhecida como fungo negro, na Paraíba. De acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde, a paciente era do município de Areia de Baraúnas, e estava internada no Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa.
A idade e identificação da mulher, no entanto, não foi revelada. Seguindo a linha dos últimos casos registrados do fungo negro, a mulher teve Covid-19 e foi posteriormente diagnosticada com a mucormicose.
A doença do fungo possui uma letalidade de aproximadamente 50%. No cenário atual, os casos têm sido computados em sua maioria em pessoas que tiveram ou estão positivadas para o coronavírus. Na Índia, no mês passado, 9 mil pacientes que se recuperaram da Covid-19 foram diagnosticados com a mucormicose.
Diferentemente da infecção pelo coronavírus, a doença do fungo negro não é contagiosa, ou seja, não há a contaminação de um humano passando para outro. A enfermidade atinge, em sua maioria, pessoas com comorbidades, como, por exemplo, diabetes, em que o sistema imunológico se encontra debilitado.
Além da taxa alta de letalidade, a mucormicose pode acarretar mutilações em partes do corpo para remoção de áreas necrosadas, afetadas diretamente pelo fungo.
Outro caso suspeito
Além deste óbito registrado, o estado da Paraíba também investiga outro caso suspeito de fungo negro. Embora tenha “ressurgido” em paralelo com a Covid-19 neste ano, a mucormicose não é uma doença nova, tendo sido registrada pela primeira vez em 1865, e já circulava em solo nacional, mas o índice de casos já liga o alerta dos especialistas.
A mucormicose não era classificada como tão preocupante, visto que a maioria das pessoas possui defesas no organismo para lidar com o fungo. Entretanto, com a Covid-19, o cenário vem sendo diferente, visto que os pacientes ficam com a imunidade baixa, o que pode ser uma porta de entrada para a ação do fungo.