O estado do Mato Grosso do Sul computou o segundo caso suspeito de mucormicose, a doença do fungo negro. Após a morte de um paciente que estava sendo monitorado sob suspeita de estar com o problema, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) confirmou que está investigando um homem que está internado em Corumbá.
O paciente em questão é um homem de 50 anos, que testou positivo para a Covid-19. Na última quarta-feira (2), um outro paciente de 71 anos morreu. A vítima vinha de um quadro grave de infecção pelo coronavírus, tinha diabetes e hipertensão, segundo informações repassadas pela Secretaria de Saúde de Campo Grande (Sesau). Ele estava internado em uma unidade hospitalar da capital sul-mato-grossense.
De acordo com o Cievs, o segundo caso suspeito de mucormicose trata-se de um paciente comorbidades, como hipertensão e obesidade. O homem está internado desde o dia 22 de maio, e cinco dias mais tarde testou positivo para a Covid-19. Após apresentar sintomas de tosse, dor de garganta e desconforto respiratório, ele foi levado para um leito de UTI.
Ainda segundo o órgão, o homem havia recebido a primeira dose da vacina contra a Covid-19 no dia 20 de janeiro, e a segunda no dia 5 de fevereiro.
Palavra do infectologista
Em entrevista ao portal UOL, o infectologista Marco Aurélio Safadi destacou que em casos de pessoas infectadas pelo coronavírus, o fungo negro se torna relevante, agravando o quadro de infecção. Segundo, ele os riscos de morte que a doença impacta pode ser significativamente reduzido em diagnósticos no curso inicial do problema.
“Há tratamento e, quando iniciado em fase precoce da doença, a letalidade diminui muito. O prognóstico melhora muito”, afirmou Safadi, classificando ainda o fungo negro como uma doença rara.
É uma doença rara e muito restrita a esses casos que têm agravantes. As manifestações são diversas: na pele, nos seios da face, cerebrais, pulmonares”, concluiu o especialista.