Um caso registrado no Rio de Janeiro gerou uma forte comoção e revolta nesta quarta-feira (02). Uma mulher morreu após passar mal próximo a ponto de ônibus no Caju, na Zona Portuária do Rio, e só teve o corpo recolhido da rua 13 horas depois. A vítima foi identificada como Cristiane Pedro Gomes, de 43 anos.
Cristiane passou mal por volta das 18h da última terça-feira, e chegou a ser socorrida por populares e policiais, mas não resistiu. De acordo com o marido dele, o mestre de obras Alexandre Graciano, de 43 anos, funcionários do Samu chegaram ao local do ocorrido e emitiram um atestado, mas não fizeram a remoção do corpo de imediato. Após um longo descaso, o corpo da mulher foi recolhido nesta manhã.
Velando o corpo na rua
Alexandre e o filho, Harrison Leandro, de 23 anos, permaneceram desde às 19h junto ao corpo de Cristiane esperando remoção.
“Minha mãe sempre batalhou e não merecia estar nesse estado”, desabafou o jovem em entrevista ao jornal “O Dia”. Segundo o filho, ele e o pai foram acionados por uma enfermeira do Into, informando que Cristiane havia passado mal.
Procurado, o Corpo de Bombeiros afirmou que os trâmites para o recolhimento do corpo se dá pela delegacia da área, que emite um documento intitulado de Guia de Recolhimento de Cadáver (GRC).
A Polícia Civil, por sua vez, disse que a remoção dos corpos só é de exclusividade da corporação quando a morte ocorre por meios violentos, mas que para ajudar os familiares de Cristiane e a prefeitura, solicitou a remoção do corpo da vítima, liberando assim para o Samu efetuasse a ação.