A morte do médico psiquiatra Andrade Santana Lopes, de 32 anos, causou forte comoção na cidade de Araci, no interior da Bahia. Após cinco dias desaparecido, o profissional de saúde foi encontrado por pescadores sem vida no Rio Jacuípe. Mergulhada nas investigações, a Polícia Civil executou a prisão do amigo de Andrade, suspeito pelo crime, por conta de evidências, e divergências no depoimento dele na delegacia.
Os dois haviam estudado medicina juntos na Bolívia, e após formados, retornaram ao Brasil para exercer a profissão no interior baiano. Familiares de Andrade, residentes no Acre, se deslocaram até Araci para acompanhar as investigações do caso. Os parentes, inclusive, foram acolhidos pelo suspeito, enquanto o paradeiro do médico era apurado pelos policiais.
O corpo de Andrade foi sepultado no último sábado (29), contando inclusive com a presença do suspeito do crime, que acalentou familiares e chorou junto com dezenas de pessoas que compareceram à cerimônia. Em entrevista ao portal “Acorda Cidade”, a mãe de Dr. Andrade, Domitila Lopes, desabafou sobre a perda irreparável, e mostrou revolta por ter sido confortada pelo suposto algoz do filho.
“Isso é um absurdo né? É muito triste. A gente não merece isso. Eu fui abraçada pelo assassino, ele me confortava, chorou comigo, sentiu a minha dor junto comigo. Isto é muito triste. Ninguém merece isso, eu estou arrasada com isso”, disse a mãe de Andrade.
Segundo Dona Dometila, o suspeito estava tentando despistar o envolvimento no crime e planejava uma fuga para Londres.
Prisão preventiva
Após o recolhimento de provas, o médico suspeito da ação criminosa foi preso, e teve prisão convertida em preventiva. Andrade Lopes Santana foi encontrado com ferimento na nuca, provocado por disparo de arma de fogo, e foi amarrado em uma âncora, cujo registro de compra estava no nome do amigo.