O policial militar que efetuou a prisão de um professor da rede estadual e dirigente do PT, Arquidones Bites, em Goiás, por conta de uma faixa que o mesmo carregava no capô de seu carro, foi afastado das ruas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP).
O caso aconteceu em Trindade, região metropolitana de Goiânia, e um vídeo rapidamente circulou pelas redes sociais. Nas imagens, o policial militar justifica a prisão baseando-a na Lei de Segurança Nacional por calúnia contra o presidente Jair Bolsonaro. Na faixa presente no carro do professor estava a frase “Fora Bolsonaro Genocida”.
Na gravação é possível identificar o militar como tenente Albuquerque. Após a prisão, Arquidones prestou depoimento na sede da Polícia Federal, em Goiânia, e, em seguida, foi liberado.
“Esse é meu direito de manifestar. Na minha família morreram várias pessoas dessa doença”, afirmou o dirigente.
Durante seu depoimento, o professor negou que tenha desacatado os policiais militares. O delegado da Polícia Federal responsável por colher o depoimento de Arquidones preferiu não se manifestar a respeito do caso.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que o policial responderá a um procedimento disciplinar e será submetido a inquérito policial para apuração de sua conduta. Ainda de acordo com a SSP, durante tal burocracia, o mesmo permanecerá exercendo funções administrativas.
Ainda conforme a nota, a SSP ressaltou que não coaduna com qualquer abuso de autoridade, independente da origem, e, por conta disso, todas as condutas que ultrapassem os limites da lei são apuradas com o máximo rigor.