Quem já visitou Fernando de Noronha sabe que há muitas coisas a se fazer na ilha. Uma delas é o plana sub, que consiste em mergulho de reboque. O turista mergulha segurando uma prancha e é arrastado por uma embarcação.
A plana sub foi criada pelo engenheiro de pesca Léo Veras, no ano de 1997. Desde 2014 ele não presta mais o serviço por discordar da forma como outras empresas realizam o plana sub. Léo Veras deu entrevista ao G1 e mostrou-se preocupado.
“A ilha passou a ter muita concorrência. Muitas pessoas não operavam nos moldes que eu achava correto, especialmente na questão de segurança”, disse o engenheiro, que aparece abaixo segurando a prancha que desenvolveu. Léo lista uma série de cuidados para a prática do esporte, como os motores dos barcos serem localizados no meio da embarcação e as hélices serem protegidas para evitar graves acidentes.
Na quinta-feira (20), um turista de São Paulo morreu em Fernando de Noronha ao praticar a plana sub. O homem de 52 anos foi socorrido, encaminhado ao hospital, mas não resistiu. Enquanto aguardava transferência para um hospital de Recife, sofreu duas paradas cardiorrespiratórias e morreu.
O turista foi resgatado a oito metros de profundidade e, provavelmente, já havia água no pulmão neste momento. Não foram divulgados detalhes de como tudo aconteceu. Ele se soltou da prancha? O equipamento de respiração saiu do lugar e ele passou a engolir água? Não se sabe. Hoje, em Fernando de Noronha, cerca de 20 empresas oferecem o plana sub.
Todo cuidado é pouco. Antes de praticar o esporte, é preciso ver se a empresa que o oferece garante a segurança. Cobrar instruções no momento de contratação do pacote é fundamental.