Residentes na cidade de Bauru, no interior de São Paulo, mãe e filha morreram vítimas da Covid-19 em um curto intervalo de 10 dias de diferença. Em função do convênio, Amanda e Elaine Araújo permaneceram internadas em unidades hospitalares distintas da cidade, e lutaram até o último instante contra a doença.
Segundo a jornalista Juliana Costa Neves, amiga da jovem de 26 anos, mãe e filha eram muito próximas, e acabaram apresentando uma piora no quadro clínico quase que de forma simultânea.
“A Elaine não soube da morte da filha Amanda, ela já estava sedada. E eu fiquei pensando que talvez foi melhor ela não saber mesmo. Se a tia voltasse boa, ela ia sofrer mais ainda. Ela sempre falava pra mim que não conseguiria ficar sem a Amanda. Era muito complicado. Uma não ficava sem a outra”, desabafou a amiga da família em entrevista ao portal G1.
Internações
Mãe e filha apresentaram os primeiros sintomas da Covid-19 dias depois da jovem e o namorado voltarem de uma viagem para São Paulo no mês de abril. Na oportunidade, os dois tinham ido visitar o avô do companheiro dela, que estava com um quadro de câncer e morreu logo depois.
Amanda, Elaine e o namorado da jovem testaram positivo para a Covid-19, e com pouco tempo viram o quadro ficar agravado. Todos os três foram internados, mas o namorado de Amanda se recuperou e deu suporte aos familiares enquanto as duas seguiam em tratamento,
No dia 1º de maio, no entanto, Amanda acabou não resistindo às complicações da Covid-19 e veio a óbito. Dez dias depois, Elaine, apresentou complicações irreversíveis da doença e também morreu, deixando todos os familiares desolados com as perdas sucessivas e irreparáveis.