A pandemia do coronavírus segue em alta em solo nacional. Nos primeiros meses de 2021, o índice de casos subiu drasticamente, atingindo escala impactantes. Respeitar os protocolos sanitários e praticar o isolamento social é a principal arma enquanto a vacinação ainda não chega para todas as idades e grupos.
Para a professora Danuzia dos Anjos Pereira, de 31 anos, o uso do equipamento de proteção individual é extremamente necessário. No mês passado, ela perdeu os pais por complicações da Covid-19 em um curto intervalo de menos de três semanas.
Em entrevista ao portal UOL, a docente disse que já classificava a máscara e todas as recomendações dos órgãos competentes como primordiais antes mesmo de perder os pais. Agora, a visão dela é ainda mais intensa, chegando a classificar uma pessoa que não usa o EPI como assassino.
“Hoje em dia, as minhas reações são muito viscerais nesse sentido. Penso: ‘Olha que assassino’. Para mim, todo mundo que não usa máscara agora é um assassino em potencial”, disse a professora em relato ao UOL.
Perdas sucessivas
O pesadelo da Covid-19 na família de Danuzia se iniciou no dia 15 de março, justamente a data prevista para que o seu pai, o mestre de obras Valmir Pereira da Silva, de 76 anos, receberia a primeira dose da vacina contra o coronavírus.
Para o desespero da família, não deu tempo. Neste dia, ele passou a apresentar sintomas mais fortes da Covid-19 e precisou ser internado. Dias depois, a doença também atingiu a mãe da docente, a diarista Helena Maria dos Anjos da Silva, de 64 anos.
Ambos acabaram não resistindo às complicações da doença e morreram. Helena Maria partiu primeiro, enquanto o marido se recuperava. Dias depois, o mestre de obras não suportou e também veio a óbito.