Um grupo de missionários da Igreja Universal foi deportado de Angola e desembarcou no Brasil na noite da última quarta-feira, 12 de maio. Muitos deles trabalhavam no país há mais de 20 anos.
O bispo Edir Macedo, líder da entidade religiosa, recebeu os pastores no aeroporto de Guarulhos ao lado de Renato Cardoso, Cristiane Cardoso e o Bispo Eduardo Bravo.
A igreja alega que o motivo da expulsão dos pastores é devido a uma perseguição religiosa que acontece há cerca de um ano.
“Essa recepção é para vocês como heróis da fé. Exemplos para todos que vêm atrás de nós. Deus abençoe, em nome de Jesus. Vamos seguir em frente porque vocês têm que comer, tomar banho, enfim. Vamos em frente, rápido”, disse o Bispo Macedo aos pastores.
O pastor Mauricio Gonçalves, um dos deportados do país, relatou os momentos que antecederam a expulsão. “Passaram o dia nos enganando, nos enrolando. Fomos escoltados como bandidos e levado até o avião e chegamos aqui nessa situação.”
O pastor Elismar, que foi obrigado a viajar sem a esposa e a filha, estava há 16 anos no país. Elas ainda estão no país africano. “12 horas ficamos presos, sem comida, sem água, sem comunicação, porque não tínhamos telefone para falar com a família. Foi difícil.”
O Bispo Eduardo Bravo, presidente da União Nacional das Igrejas e Pastores Evangélicos, declarou que “o governo anterior chegou a condecorar a Igreja várias vezes. A IURD foi reconhecida em Angola. Não há base juridica, na Constituição. Nossos advogados não sabem o que está acontecendo. A cada dia há uma escalada de perseguições”.