O caso de morte do menino Gael de Freitas Nunes, de 3 anos, comoveu o país e vem mobilizando investigações da polícia para a elucidação do caso. Considerada a principal suspeita do crime, Andréia de Freitas Oliveira, mãe do garoto, segue detida enquanto o inquérito segue sendo apurado, tendo inclusive, a sua prisão convertida de flagrante para preventiva.
Responsável pela defesa da mãe de Gael, o advogado Fábio Gomes da Costa, afirmou que ela não se lembra de nada do que aconteceu no dia do crime. Ao tomar conhecimento da morte do menino, a mulher de 37 anos teria chorado copiosamente por 40 minutos.
“O primeiro contato que eu tive com ela foi hoje de manhã na delegacia. A primeira coisa que ela perguntou foi sobre o filho, eu contei sobre o ocorrido, e ela desabou a chorar, só consegui retomar a conversa com ela 40 minutos depois”, disse o advogado, reiterando que a cliente não assume a autoria do crime.
Solicitações
Na tarde da última terça-feira (11), a Justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva da mãe de Gael. De acordo com o advogado, a defesa irá solicitar prisão domiciliar ou a transferência da cliente para um hospital psiquiátrico, bem como um exame de insanidade mental.
Andréia tem um histórico de distúrbio mentais, e de acordo com familiares, chegou a ser internada quatro vezes no passado. O boletim de ocorrência aponta que ela foi indiciada por homicídio qualificado por meio cruel. Um anel da suspeita foi recolhido para perícia, e segundo os investigadores há marcas na testa do menino que são condizentes a ferimentos provocados pelo objeto.
Transferência
Em um primeiro momento, a suspeita deu entrada no Centro de Detenção Provisória Feminino de Franco da Rocha, contudo, ainda noite na última terça-feira (11), ela foi transferida para a penitenciária feminina I de Tremembé.
Esta unidade prisional é conhecida por receber detentos de crimes de grande repercussão, entre eles Suzane von Richtofen, Ana Carolina Jatobá e Elize Matsunaga. Por conta dos protocolos da Covid-19, Andréia de Freitas se encontra sozinha em uma cela, cumprindo a quarentena de 14 dias.