Menino Gael era único que não tinha cama no apartamento; quarto da criança tinha colchão velho

Criança foi socorrida para a Santa Casa de Misericórdia, em São Paulo, mas não resistiu.

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O caso de morte do menino Gael de Freitas Nunes, de apenas 3 anos de idade, impactou o país e representou mais um episódio de violência contra criança que resulta em morte neste início de 2021.

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Na última segunda-feira (10), a criança foi encontrada ferida no apartamento em que morava com a família, na região central de São Paulo. A mãe é apontada como principal suspeita do crime.

Apesar de socorrido e submetido a todos os protocolos de reanimação, Gael acabou não resistindo pouco tempo depois que deu entrada na Santa Casa de Misericórdia, em São Paulo.

A mãe do menino, Andréia Freitas, de 37 anos, se encontra detida e teve prisão preventiva solicitada pela polícia. A mulher tem um histórico de distúrbios mentais e pode ter tido um surto minutos antes de atacar o próprio filho na cozinha do apartamento. Peritos já identificaram que marcas na testa do menino são condizente com ferimentos provocados pelo anel da mulher.

Sem cama e colchão velho

A reportagem do programa “Brasil Urgente”, da TV Bandeirantes, teve acesso ao apartamento onde o menino de 3 anos foi encontrado morto. O garoto seria o único dos quatro moradores da casa que não possuía cama. No quarto dele, havia apenas um colchão velho, contrastando com o cenário encontrado em outros quartos. 

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Além da mãe, Gael vivia com a tia-avó, Maria Nanete de Freitas, e a irmã adolescente, fruto de outro relacionamento de Andréia. 

Justiça determina

Na última terça-feira (11), a Justiça converteu a prisão em flagrante para preventiva. Com isso, a mãe do menino não será colocada em liberdade enquanto as investigações do caso são apuradas. 

No pedido da prisão preventiva, o delegado responsável pelo caso destaca que o relatório médico feito no hospital não evidenciou que a mulher esteja em surto psicótico. “Não tem delírio, orientada em tempo e espaço”.