Bebê socorrido às pressas após ataque em creche foi resgatado por professora e pai dela: ‘Não iria se salvar’

Bebê chegou a ficar em estado grave devido aos diversos ferimentos provocados pelos golpes de facão.

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O pequeno Henryque, de 1 ano e 8 meses, segue internado no Hospital da Criança, em Chapecó (SC), após ter sido uma das vítimas do ataque bárbaro cometido no interior da Escola Pró-Infantil Aquarela, na última terça-feira (4). Um jovem de 18 anos, invadiu a unidade escola armado com um facão e matou cinco pessoas, além de deixar este bebê ferido, em estado grave.

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Com ferimentos na bochecha, lábios, barriga e perfuração em um dos pulmões, Henryque foi levado ao Hospital de Pinhalzinho, cidade vizinha a Saudades, palco da tragédia, e posteriormente transferido ao Hospital Regional do Oeste, em Chapecó, onde passou por cirurgia e teve uma evolução significativa, sendo liberado da Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

Socorro determinante

Quarta vítima atacada entre os bebês, Henryque foi socorrido por um dono de loja próxima à creche. Ele adentrou a escola infantil e conseguiu resgatar dois bebês feridos, um deles ele mesmo levou para o hospital, e este acabou não resistindo, e o outro, era justamente Henryque, quem ele entregou a professora Aline Biazebetti, que mora vizinha a instituição, e ficou desesperada ao tomar conhecimento do ataque.

Às pressas, antes mesmo da chegada do socorro, ela acionou o pai dela, o aposentado Ailton Biazebeti, e partiram de carro próprio com o sobrevivente para o hospital. A atitude heroica e arriscada foi preponderante para salvar a vida do pequeno Henryque. 

“O médico falou que, se nós tivéssemos esperado dez minutos até que os bombeiros chegassem, a criança não iria se salvar”, contou o aposentado Ailton Biazebeti.

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Ainda sem previsão de alta médica, o bebê de 1 ano e 8 meses vem se recuperando bem nos últimos dias, e até ganhou um cartaz escrito: “Você é um guerreiro”. 

Em entrevista ao Universa, do UOL, Aline detalhou o socorro ao bebê e revelou que o olhar dele a impactou, suplicando socorro.

“Segurei o menino sentado, no carro. Ele tinha um olhar de dor, de ‘socorro, por favor, me ajuda’. Um olhar que nunca vou esquecer”, desabafou a jovem.