Funcionária relata desespero ao salvar bebê vítima de ataque em creche: ‘olhar de dor, de socorro’

Adolescente invadiu unidade escolar infantil e proporcionou cenário de terror e pânico.

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O ataque bárbaro cometido no interior da Escola Pró-Infantil Aquarela, na cidade de Saudades (SC), na última terça-feira (4), provocou um cenário desolador e comove no pacato município do Oeste Catarinense. Armado com um facão, o adolescente Fabiano Kipper Mai, de 18 anos, levou pânico e terror para crianças e funcionárias da instituição, ceifando a vida cinco pessoas.

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O cenário de tragédia só não foi pior porque as professoras e funcionárias da creche agiram com bravura para proteger as crianças, trancando-os nas salas e em outros locais mais seguros. 

Em entrevista ao portal Universa, do UOL, a agente educativa Aline Biazebetti, que mora vizinha à creche e estava de folga na parte da manhã, contou com detalhes o drama vivenciado na última terça-feira (4). 

Segundo ela, o desespero tomou conta do entorno da creche. Quando se dirigia para a unidade, ela foi abordada por um proprietário de uma loja de motos que já havia entrado na creche e conseguido pegar duas crianças feridas. Ele deu um dos meninos para Aline, e levou o outro para o hospital, que acabou não resistindo aos ferimentos provocados por golpes de facão. 

Ao pegar a criança no colo, Aline relata que reparou vários cortes e pediu ajuda do pai para pegar o carro e levar a vítima até o hospital. 

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“Enquanto meu pai dirigia para o hospital, só pensava que queria chegar o mais rápido possível para que pudessem conter o sangramento. Não sabia o tamanho da gravidade dos cortes, porque tentava não olhar para ele”, disse Aline.

“Segurei o menino sentado, no carro. Ele tinha um olhar de dor, de ‘socorro, por favor, me ajuda’. Um olhar que nunca vou esquecer”, disse a agente educativa. 

Trauma

As cenas de terror protagonizadas na escola infantil deixou sequelas em Aline, que relata não conseguir comer e nem dormir após o acontecido. A funcionária da creche Aquarela diz lembrar dos gritos de socorro e dos olhos do menino que socorreu até o hospital.