A ação policial deflagrada na comunidade do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (6), terminou com 25 mortos. Até o momento, apenas o nome do policial André Frias, baleado após sair do blindado da polícia que apoiava a operação, foi divulgado. O corpo dele será enterrado nesta sexta, no Cemitério de Sulacap.
As mortes na comunidade carioca repercutem nas redes sociais e chamou a atenção até mesmo das Organizações das Nações Unidas (ONU) e da comunidade internacional. Esta foi a ação policial mais letal da história do Rio de Janeiro. A Polícia Civil entrou no Jacarezinho para cumprir mandado de prisão contra traficantes que estariam aliciando menores para o crime.
De acordo com o jornal ‘O Dia’, a mãe de um dos suspeitos que foi morto pela polícia contou o que ouviu dos policiais no interior da comunidade. “Vinte mães chorando é pouco”, teriam dito os policiais. Eles também teriam dito que as mães iam chorar mais.
A mulher, que não quis se identificar, também contou à reportagem do jornal ‘O Dia’ que ficou sabendo que o filho já havia se rendido, mas mesmo assim acabou morto na ação. A mulher foi clara ao dizer que não tratava-se de uma operação policial, mas de chacina.
Ela contou que foi até a casa onde o filho estaria com outros três homens, esperou ele sair do local, mas isso não aconteceu. “Ele não vai voltar mais”, desabafou a mulher. Ela ainda afirmou que os homens saíram da casa sem arma nem nada e afirmou que nenhuma mãe cria o filho para ser bandido. Pelas palavras da mulher, o filho tinha envolvimento com o crime. Familiares lotam o Instituto Médico Legal (IML) em busca de informações sobre os mortos.