O presidente Jair Bolsonaro polemizou em mais uma de suas lives na noite desta quinta-feira (6). Bolsonaro criticou o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que deixou o cargo em abril do ano passado, no início da pandemia do coronavírus.
Mandetta e Bolsonaro se desentenderam, entre outros assuntos, em relação ao uso da cloroquina – científicamente ineficaz contra a doença. O presidente é defensor do medicamento desde o começo da pandemia. Mandetta era contra. Na live, Bolsonaro deu uma indireta ao ex-ministro e pediu quem não tem alternativa à cloroquina deixa de ser canalha e de criticar quem usa algum medicamento.
Bolsonaro também citou problema no estômago. “Quando tenho problema de estômago, alguém sabe o que eu tomo? Tomo coca-cola e fico ´bão´, é problema meu. O bucho é meu, talvez o meu bucho, todo corroído pela coca-cola, me salvou da facada do Adélio”, afirmou o presidente da República.
Bolsonaro disse novamente que quem critica os medicamentos que ele recomenda, como cloroquina e ivermectina, mas não apresenta uma alternativa, é canalha. Desde o começo da pandemia, Bolsonaro mantém o discurso de defender estes medicamentos e de criticar o isolamento social adotado por prefeitos e governadores.
Bolsonaro é alvo de CPI
A CPI da pandemia já ouviu os ex-ministros da Saúde Henrique Mandetta e Nelso Teich. O atual ministro Marcelo Queiroga também foi interrogado na CPI que tem como relator o senador Renan Calheiros (MDB-AL). O objetivo da CPI é apurar as ações e omissões do governo federal durante a pandemia do coronavírus.