Sarah Luiza Mahle Sehn, de 1 ano e 7 meses, era o xodó da mãe, almoçava na casa da avó depois da creche e gostava de caminhar com a bisavó de 80 anos. A bebê foi uma das vítimas do ataque ocorrido em creche da cidade de Saudades, em Santa Catarina, na terça-feira (4).
Saudades tem menos de 10 mil habitantes e fica a 60 quilômetros de Chapecó, maior cidade do oeste catarinense. O local é tão pacato que a polícia nem soube responder quando foi registrado o último roubo na cidade de interior colonizada por alemães.
Na terça (04), Fabiano Kipper Mai, de 18 anos, invadiu o Centro de Educação Infantil (CEI) Pró-Infância Aquarela armado com duas facas e fez cinco vítimas fatais. Três bebês menores de 2 anos, uma professora e uma agente educativa não resistiram aos ferimentos e morreram; outro bebê foi gravemente ferido, mas sobreviveu e segue internado.
Sarah foi uma das crianças assassinadas. A morte da menina abalou a família. A mãe precisou receber atendimento psicológico após saber do falecimento da filha em um crime brutal. Elemar Sehn, avó paterno da menina, falou que a esposa e a mãe dele, bisavó da criança, também precisam de apoio psicológico.
“Minha mãe está no desespero. Vamos ter que levar ela no psicólogo. Minha mulher, avó da bebê, passou mal em casa e também terá que ir (ao psicólogo)”, disse Elemar, em entrevista ao portal G1. Fabiano Mai, o assassino, está internado em hospital de Chapecó, sem previsão de alta. Ele foi autuado em flagrante por cinco homicídios triplamente qualificados. A pena somada que ele pode pegar chega a 150 anos.