Na última segunda-feira (3), a Polícia Civil fechou o inquérito que apurava a morte do menino Henry Borel de Almeida, de 4 anos. Após quase dois meses de investigação, as autoridades denunciaram a mãe do garoto, Monique Medeiros, e o namorado dela, o vereador Jairinho.
Autuado por homicídio duplamente qualificado, o casal segue detido cumprindo prisão temporária. Além da denúncia, a Polícia Civil pediu a Justiça a alteração da prisão para preventiva, impedindo Monique e Jairinho de ficarem em liberdade provisória enquanto o processo é encaminhado.
Pai revoltado
Em entrevista concedida ao portal UOL, o pai de Henry, o engenheiro Leniel Borel, afirmou que a Justiça começou a ser feita. Contudo, ele destacou que buscará meios legais para que a babá de Henry, a jovem Thayná de Oliveira, de 25 anos, e a mãe de Monique, Rosângela Medeiros da Costa e Silva sejam indiciadas pela polícia, dado que tinham conhecimento das agressões que o menino era vítima.
“Para mim, a avó não proteger o único neto, a babá não falar nada. Sentimento de que a justiça está sendo feita, mas ainda estou no aguardo para ver se vai indiciar a babá, tem que indiciar todo mundo“, disse Leniel.
O pai de Henry ainda definiu a mãe de Monique como mentirosa, que optou ocultar a verdade para “salvar a filha”. Segundo ele, apesar de não ter sido responsável pela contratação de Thayná, a jovem cuidadora de Henry tinha o telefone dele e poderia ter avisado sobre a rotina de violência que o garoto foi vítima.
“Vendeu o filho”
Ainda na entrevista, Leniel disse ter ficado surpreso com a atitude de Monique no caso, e foi duro ao falar que a ex-companheira “vendeu” o próprio filho por ganância.
“Eu não acreditava que Monique poderia fazer isso, mas ela está mostrando pro mundo que mãe também mata, mãe também é omissa, mãe é gananciosa. Ela acabou vendendo o filho dela”, afirmou o pai de Henry.
Em cartas enviadas para diversos destinatários (família, Leniel e o delegado Henrique Damasceno), Monique alegou ter sido manipulada por Jairinho e pelo advogado que os representava no início do inquérito.
A prisão temporária de Monique e Jairinho vence neste final de semana, contudo, a Justiça deve acatar o pedido da Polícia Civil na conversão da prisão, e os dois suspeitos da morte que chocou o país devem continuar atrás das grades em unidades prisionais do Rio de Janeiro.