Mãe se emociona ao falar de gesto de funcionárias no ataque em creche: ‘Deram a vida para salvar as crianças’

Professora e agente educacional não resistiram após ser alvos de golpes de facão dentro de escola infantil de SC.

PUBLICIDADE

O ataque bárbaro realizado por um jovem de 18 anos na manhã da última terça-feira (4), no Ensino Pró-Infantil Aquarela, deixou a pequena e pacata cidade de Saudades, no Oeste Catarinense perplexa e sob forte comoção.

PUBLICIDADE

Sem motivações ainda conhecidas pelos investigadores, o adolescente Fabiano Kipper Mai invadiu a unidade escolar infantil armado com um facão e cruelmente desferiu golpes contra crianças e funcionárias do local, ceifando a vida de cinco pessoas – três bebês, uma professora e uma agente educacional.

Desolados, os moradores do município catarinense, palco da chacina, classificaram as professoras e demais funcionários da creche como “heróis”, evitando que um cenário ainda mais trágico fosse registrado. Vítimas do agressor, a  professora Keli Adriane Aniecevski, de 30 anos, e a agente Mirla Renner, de 20 anos, morreram tentando salvar as crianças.

Diante do cenário de desespero e temor pelo ataque brutal, outras professoras agiram rápido e evitaram que mais vidas fossem ceifadas. As docentes trancaram as crianças nas salas, enquanto outras conduziram os alunos para o fraldário. A escola infantil atendia crianças de 6 meses a 2 anos. 

Coragem enaltecida 

Em entrevista ao portal G1, a mãe de uma das crianças que estavam na creche se emocionou ao falar da bravura dos funcionários da unidade. 

PUBLICIDADE

“Foram muito corajosas em lutar, em entrar em contato com ele [agressor], tentar salvas as outras crianças. Infelizmente não conseguiram. Algumas pessoas tiveram sorte, outras não”, disse Edna Dessoy, enaltecendo Keli e Mirla. 

“Elas foram muito corajosas porque deram a vida para salvas as outras crianças”, pontuou a mãe da criança. 

De acordo com informações do delegado Jeronimo Marçal Ferreira, o jovem Fabiano Kipper Mai forçou entrada em todas as salas de aula da creche, e a ação das professoras em trancar as portas salvou vidas.