Menos de dois meses após ser solto, Fabrício Queiroz faz inspeção para adquirir arma de fogo

O ex-assessor havia sido preso, acusado de integrar esquema de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro.

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A Diretoria Médica Pericial da Polícia Militar foi notificada na última segunda-feira (3), a cerca de um pedido de inspeção de saúde de ninguém mais ninguém menos que o policial militar da reserva Fabrício Queiroz. 

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O pedido ocorre menos de dois meses depois do ex-assessor do atual senador Flávio Bolsonaro ser solto e tem como objetivo a aquisição de uma arma de fogo.

A Polícia Militar não divulgou se a autorização para a aquisição do armamento foi dada ao policial da reserva. O advogado de Queiroz também não se pronunciou sobre o pedido.

De acordo com o portal de notícias G1, no último dia 20 de abril, uma junta médica avaliou Queiroz e o considerou apto à aquisição de uma arma de fogo.

Desde o ano de 2016, a Polícia Militar do Rio de Janeiro determinou que uma análise de aptidão clínica e psicológica deve ser imposta aos policiais militares da reserva por uma Junta de Inspeção de Saúde para que os mesmos tenham o aval de possuir uma arma.

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A prisão de Queiroz se deu no decorrer das investigações a cerca do esquema de rachadinhas do gabinete do, na época, deputado estadual Flávio Bolsonaro. 

De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro, Flávio seria o líder de um esquema de apropriação de salários de servidores em seu antigo gabinete dentro da Assembleia Legislativa. A arrecadação dos valores pagos pelos funcionários era feita por seu ex-assessor , Fabrício Queiroz. 

O Ministério Público descobriu, por meio de quebra de sigilo bancário e fiscal, que, entre os anos de 2007 e 2018, Queiroz teria recebido mais de R$ 2 milhões oriundos de servidores do gabinete de Flávio.