Detida desde o dia 8 de abril por atrapalhar as investigações no caso de morte do próprio filho, o menino Henry Borel, a professora Monique Medeiros de Almeida tem escrito várias cartas nas últimas semanas.
Além de escrever uma carta para Henry e ao ex-marido, o engenheiro Leniel Borel, Monique enviou um texto para o delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca) e responsável pelas investigações do caso.
No relato em que CNN obteve com exclusividade, a professora aparece dizendo ao delegado que precisa depor novamente para esclarecer muitas coisas nas investigações, e se mostra arrependida.
“Há muito a ser dito e há muito a ser esclarecido! Sem mentiras, sem treinamentos, sem inverdades. Não quero fugir das minhas responsabilidades, mas quero ser julgada pelo que é certo. Me dê mais uma chance. Eu imploro!”, disse Monique Medeiros na carta destinada a Damasceno.
Segundo a CNN, a carta de Monique pode ser protocolada na 16ª DP (Barra da Tijuca) nos próximos dias.
Diversas tentativas
Responsável pela nova defesa da mãe de Henry, o trio de advogados tem buscado nas duas últimas semanas o direito de Monique Medeiros depor novamente ao delegado Henrique Damasceno, apresentando revelações sobre o perfil agressivo de Jairinho e a manipulação que sofria. A solicitação, no entanto, até o momento não foi acatada.
O Fantástico, da TV Globo, teve acesso a outra carta escrita por Monique no qual ela aparece afirmando que o advogado André França Barreto só aceitou a defesa do inquérito se houvesse uma combinação de versões com Jairinho, e chegou a citar uma “versão inventada”.
Nesta semana, a mãe de Henry deixou o hospital penitenciário em que estava para tratar uma infecção provocada pela Covid-19. O estado de saúde da detenta não foi informado. Monique chegou a ser diagnosticada com comprometimento de 5% do pulmão.