5 meses após morte de homem negro no Carrefour, empresa recebe punição

O homem foi morto por dois empregados da filial de Porto Alegre dentro do supermercado.

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Em novembro do ano passado, um caso em particular chocou o Brasil inteiro e gerou uma imensa onda de revolta e críticas. Trata-se da morte de João Beto, um homem negro que morreu ao ser agredido por seguranças que trabalhavam na rede Carrefour.

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Nesta semana, o supermercado finalmente teve sua punição. De acordo com a empresa, a viúva de João Beto, Milena Alves, recebeu uma indenização no valor de R$ 1,1 milhão pela morte do marido, que foi sufocado por dois funcionários.

O depósito do Carrefour para Milena foi realizado nesta quarta-feira (28/04). Beto, como era chamado pelos mais próximos, foi assassinado pouco antes do dia do feriado da Consciência Negra, o que trouxe o caso à tona como racismo.

A morte da vítima aconteceu no supermercado em Porto Alegre. As câmeras de segurança mostraram desde o início o episódio que terminou com o óbito de Beto. Seguranças levaram o homem até o estacionamento do Carrefour e, após um soco por parte da vítima, os empregados reagiram.

Beto tentou se livrar das mãos dos agressões, mas continuou sendo sufocado. Após alguns instantes, a vítima parou de respirar e ficou inconsciente, segundo as imagens divulgadas de dentro do estacionamento do supermercado.

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R$ 1 milhão da indenização para a viúva foi enviada a uma conta para consignação extrajudicial. Os outros R$ 100 mil restantes foram transferidos diretamente para a conta de Milena para ela usar em gastos de caráter mais urgentes.

Milena é a única parente de Beto que abriu negociação para a indenização do marido.