Covid-19: especialista fala sobre pandemia e alerta; ‘O pior ainda está por vir’

O ex-Secretário do Ministério da Saúde falou sobre a situação da pandemia no país.

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Wanderson Oliveira, que é epidemiologista, falou sobre a questão da pandemia do coronavírus no país, e disse que “o pior ainda está por vir”. Segundo o ex-secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, o número de casos de pessoas infectadas com o vírus ainda deve aumentar bastante devido à chegada do inverno, que começa no mês de junho.

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A informação do epidemiologista não é nada animadora, principalmente porque o Brasil já atravessa uma situação caótica na segunda onda da doença, e se aproxima de quase 400 mil mortos devido ao vírus. O mês de abril nem sequer acabou e já é considerado o mais letal desde que a pandemia começou.

“A questão é que nós teremos uma probabilidade de uma recrudescência da pandemia em meados de 20 de junho, mais ou menos, por causa do inverno”, explicou Wanderson. Ele está atuando como secretário de serviços integrados de saúde do STF – Supremo Tribunal Federal, e falou sobre o aumento da circulação de vírus respiratórios no inverno, fazendo uma comparação em relação ao crescimento dos casos da Covid no verão.

Ainda segundo o especialista, aumentar o número de vacinação não vai conter um novo pico da doença, já que o país deveria ter imunizado pelo menos os indivíduos com idade acima de 50 anos até o mês de maio, algo que não vai ocorrer. Ele ressalta que a imunização que o país está fazendo atualmente é para evitar que o próximo ano se tenha um verão menos trágico.

O epidemiologista também acredita que a vacinação contra a Covid-19 provavelmente vai acontecer de forma anual, seguindo o mesmo exemplo do que ocorre com a gripe. De acordo com a avaliação do especialista, a tão sonhada imunidade coletiva no Brasil somente deve acontecer em 2022.

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Para conseguir atingir a imunidade de rebanho é necessário que se consiga vacinar ao menos de 70 a 85% de toda a população. Como não é possível imunizar a faixa etária menor de 18 anos, a população que vai receber a vacina gira em torno de 74%.