Bolsonaro mente para Biden e corta verba do meio ambiente após Cúpula do Clima

Presidente Jair Bolsonaro contrariou promessas no evento internacional e comprometeu ainda mais área ambiental

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O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido), contrariou suas próprias promessas feitas na Cúpula do Clima diante de outras autoridades internacionais. Apenas um dia após prometer aumentar a verba para fiscalização ambiental, Bolsonaro cortou recursos do Meio Ambiente destinados às mudanças do clima, controle de incêndios florestais e fomento a projetos de conservação.

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Ao invés de investimento, Bolsonaro promove cortes

Na ocasião da promessa, esteve presente o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que convocou a reunião entre os líderes. Bolsonaro chegou a dizer que teria determinado a duplicação dos recursos para ações de fiscalização ambiental. O aumento ficaria em torno de R$ 115 milhões, de acordo com integrantes do governo.

“Apesar das limitações orçamentárias do governo, determinei o fortalecimento dos órgãos ambientais, duplicando os recursos destinados às ações de fiscalização”, afirmou Bolsonaro.

Ainda no mesmo dia, 22/4, Bolsonaro sancionou o Orçamento de 2021 com vetos. O texto foi publicado Diário Oficial da União de hoje, 23/4. A promessa do dia anterior, na Cúpula o Clima, não foi incluído e, ao invés dele, foi cortado R$ 240 milhões do Meio Ambiente, do ministro Ricardo Salles.

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Menos R$ 30 bilhões no Orçamento de 2021

Para duplicar recursos ambientes dependerá de cortes em outras áreas a fim de que recursos extras sejam entrem. A lei orçamentária de 2021 está no limite de gastos e não podem ser feitas despesas acima da inflação brasileira. Outra negativa é que serão cortados R$ 30 bilhões do orçamento, entre vetos e bloqueio de despesas dos ministérios.

O Ministério do Meio Ambiente foi procurado pelo jornal Folha de S. Paulo, mas não quis responder às perguntas dos jornalistas.