A morte do garoto Henry Borel, de quatro anos, continua repercutindo. A Polícia Civil do Rio de Janeiro deve finalizar o inquérito nos próximos dias e tudo indica que o caso será encaminhado ao Ministério Público, que deve oferecer denúncia contra Monique Medeiros e Jairo Souza Santos Júnior, o vereador Dr. Jairinho.
Os dois estão presos desde o dia 8 de abril, exatos um mês depois da morte de Henry. O garoto de quatro anos estava com a mãe e o padrasto no apartamento onde moravam, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Na madrugada do dia 8 de março, o casal levou o garoto ao hospital, mas ele chegou morto ao Barra D’Or.
A mãe falou em acidente doméstico. Ela e Jairinho deram entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, da Record TV, mas a reprodução simulada realizada pela Polícia Civil afastou essa hipótese. Henry sofreu laceração no fígado e hemorragia interna, de acordo com laudo do Instituto Médico Legal.
Na semana passada, a defesa de Monique Medeiros foi alterada. Saiu André França Barreto, que representava Monique e Jairinho, e entrou uma banca formada por três advogados, entre elas Thaise Mattar Assad. A defesa de Monique tenta convencer a polícia de que ela deve prestar novo depoimento.
A advogada da mãe de Henry desafabou sobre o caso. “Precisamos questionar isso de forma veemente: a quem interessa esse silenciamento de Monique?”, afirmou a defensora Thaise, criticando o fato de o delegado Henrique Damasceno, da 16ª DP, se recusar a ouvir Monique novamente. A faxineira Leila Rosângela, a babá Thayna Ferreira e a ex-namorada de Jairinho, a assistente social Débora Saraiva, foram ouvidas duas vezes.