A defesa da professora Monique Medeiros, suspeita de envolvimento na morte do próprio filho, o menino Henry Borel, de 4 anos, aguarda o parecer da solicitação de uma nova oitiva para a cliente, onde ela traria revelações sobre episódios de agressão em que foi vítima de Jairinho. Contudo, a Polícia Civil já sinalizou que o inquérito pode tranquilamente ser encerrado sem o depoimento dela.
Em entrevista ao portal UOL nesta terça-feira (20), o delegado Antenor Lopes, diretor do Departamento-Geral de Polícia da Capital (DGPC) disse que dificilmente Monique Medeiros será ouvida novamente. Segundo ele, a decisão final será do delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca).
“Sinceramente, não sei o que ela teria a acrescentar na investigação agora que toda a versão dela foi desmontada. Já temos elementos para encerrar a investigação. Ela já mentiu. Quem garante que vai dizer a verdade agora?”, questionou o diretor do DGPC.
Lopes ainda pontuou que o fato de Monique Medeiros estar com Covid-19 torna o depoimento inviável.
Defesa contesta
Relutando por um novo depoimento da mãe de Henry desde a última semana, a defesa da professora continua insistindo, e em nota questionou a quem interesse o silêncio de Monique.
Diante do quadro de Covid-19 da cliente, os defensores solicitam que a oitiva dela seja feita por meio de conferência, contando com a participação de um promotor. Dispostos a lutar pelo direito ao depoimento, o trio de advogados que representa a mãe do menino acionou o Ministério Público do Rio de Janeiro na última segunda-feira (19), objetivando o novo depoimento no caso que comoveu o país.
A Polícia Civil já indicou que o término do inquérito deve se dar até a próxima sexta-feira (23). Depois disso, toda a documentação apurada será encaminhada ao Ministério Público para a sequência do processo.