A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirmou já possuir as provas necessárias para dar por encerrado o inquérito a cerca da morte do menino Henry Borel, de 4 anos, morto no dia 8 de março deste ano, mesmo sem um novo depoimento de Monique, a mãe da criança.
Nesta segunda-feira (19), em entrevista concedido à rádio CBN, Antenor Lopes, delegado-chefe do Departamento de Polícia da Capital, disse que até o momento não houve qualquer indício de que Monique em algum momento foi agredida ou ameaçada pelo vereador carioca Dr. Jairinho. O casal segue preso desde o dia 8 de abril, sob acusação de interferir nas investigações.
Segundo Antenor, a versão de Monique tinha a intenção de proteger Jairinho, inclusive, pedindo para a babá excluir as mensagens trocadas entre as duas que revelavam agressões ocorridas em 12 de fevereiro. O delegado acrescentou dizendo que a polícia ainda não definiu se aceitará um novo depoimento de Monique antes da conclusão do inquérito.
De acordo com ele, a decisão de ouvir, ou não, a mãe de Henry, será tomada até terça-feira (20) pelo delegado titular da 16ª DP, Henrique Damasceno.
Ainda segundo Antenor, está claro que houve uma manipulação a cerca dos esclarecimentos que a babá, Thayná Ferreira, daria em seu primeiro depoimento, algo que não poderia ocorrer com Monique em um novo depoimento.
O delegado-chefe ressalta ainda que, no caso da babá, era indispensável que a testemunha fosse ouvida novamente pois, no cumprimento dos mandados de apreensão dos telefones celulares, foram encontradas mensagens angustiadas da babá relatando as agressões contra a criança, logo, a própria estava cometendo crime de falso testemunho e pôde se reparar, diferente da situação de Monique.