Caso Henry: defesa de Monique deseja novo depoimento para revelar relação abusiva e agressões de Jairinho

Monique Medeiros está detida em unidade prisional situada em Niterói, no Rio de Janeiro.

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O inquérito que apura a morte do menino Henry Borel, de 4 anos, morto no dia 8 de março, está bem próximo de ser concluído. Depois de semanas intensas com diversos depoimentos e laudos periciais do corpo da vítima e do apartamento onde ele morava com a mãe e o padrasto, a Polícia Civil pretende concluir as investigações até o final desta semana. 

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Representada por novos advogados, a professora Monique Medeiros, mãe de Henry, tem solicitado à polícia o direito de um novo depoimento para trazer revelações sobre o caso. De acordo com reportagem do programa “Fantástico” da TV Globo, exibida neste domingo (18), ela visa relatar a relação abusiva que tinha com Jairinho.

A professora alega ter sido agredida fisicamente e ter sido vítima de pressões psicológicas, moral e financeira pelo vereador. A defesa utiliza como justificativa o pedido citando que outras testemunhas depuseram por duas vezes, como foi o caso da babá Thayná de Oliveira, e da empregada doméstica Leila Rosângela. 

Será analisado

Diretor departamento-geral da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Antenor Lopes disse que o pedido da defesa de Monique será analisado. Contudo, ele destacou em entrevista à CNN que em nenhum momento a polícia encontrou indícios das acusações da mãe de Henry contra Jairinho.

Lopes ainda cita que, no início do caso, e durante as investigações, os dois sempre estiveram juntos, sendo inclusive encontrados dormindo lado a lado no dia em que foram presos na casa dia do parlamentar. 

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“Não encontramos nada que corroborasse isso, pelo contrário, quando eles foram presos estavam dormindo juntos. Chegaram para depor de mãos dadas, saíram da mesma forma e foram encontrados em um terceiro endereço pela equipe da delegacia para o cumprimento do mandado de prisão”, disse o diretor Antenor Lopes. 

Antes representados pelo mesmo advogado, André França Barreto, Monique e Jairinho agora aparecem com defesas separadas nas investigações do caso de morte do menino Henry Borel. Os dois devem ser autuado por homicídio duplamente qualificado.