A polícia do Rio de Janeiro ouviu todas as testemunhas do caso Henry. Uma delas foi uma ex-namorada e amante de Jairinho, padrasto do menino. A estudante afirmou em depoimento que foi agredida pelo vereador enquanto os dois tinham um relacionamento, que durou, segundo ela, seis anos.
Nesta semana, o delegado Antenor Lopes afirmou que já existem elementos suficientes para fechar o caso da morte de Henry. O menino, que tinha quatro anos de idade, foi declarado morto na madrugada de 8 de março de 2021 após ser levado para um hospital da Barra pela mãe, Monique Medeiros, e o político.
O final do inquérito deve ser encaminhado em breve para o Ministério Público, que decidirá seu desfecho. Monique e Jairinho estão detidos desde o último dia 8, quando foram localizados na casa de uma parente em Bangu.
No início da semana que vem, investigadores e peritos devem definir os últimos detalhes do inquérito contra Jairinho e Monique e o delegado responsável pelo caso, Henrique Damasceno, deverá apresentar as considerações finais da investigação.
Após exames no corpo de Henry, ficou comprovado que o menino sofreu lesões condizentes com agressão. Testemunhas afirmaram que Dr. Jairinho sempre foi uma pessoa violenta, inclusive com outras crianças. Uma das agressões cometidas pelo vereador foi narrada em tempo real pela babá de Henry, que também prestou depoimento.
Thayná Oliveira, que cuidava de Henry desde janeiro deste ano, chegou a gravar um vídeo no qual o menino aparecia mancando após ficar alguns minutos no quarto com Jairinho. O político teve prisão temporária de um mês decretada, mas a penalidade final deve ser anunciada em breve, caso seja declarado como culpado.