Em nova oitiva concedida ao delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), nesta sexta-feira (16), a ex-namorada de Jairinho, a estudante Débora Mello Saraiva, de 34 anos, trouxe desdobramentos importantes para as investigações do caso Henry Borel.
Após ter mentido e omitido algumas informações no primeiro depoimento, a mulher que teve um relacionamento de seis anos com o parlamentar relatou com detalhes diversos episódios em que ela e o filho, na época com 3 anos, foram vítimas de agressões por Jairinho.
Segundo ela, o vereador pedia para ficar com o menino sob a justificativa que a ex-esposa, a dentista Ana Carolina Netto, não deixava ver o próprio filho. Contudo, das vezes que Jairinho saiu com o filho de Débora, a criança aparecia com problemas. Em uma oportunidade, ele chegou a quebrar o fêmur após ir com o padrasto para uma festa infantil.
Tortura
Em outro episódio, Débora contou no depoimento, que o filho relatou que quando tinha menos de 3 anos foi vítima de outra violência do vereador. A criança disse que Jairinho colocou um papel e um pano em sua boca, avisando que ele não poderia engoli-los. Na sequência, o parlamentar deixou a criança no sofá, e pisou com os dois pés no corpo do menino.
Os episódios de violência do vereador também foram confirmados por uma empregada de Débora, a dona de casa Valéria Batalha, que cuidava dos dois filhos da estudante na época. A testemunha relatou ao menos quatro situações de agressões.
Na primeira oitiva, Débora resumiu apenas ter um relacionamento conturbado com Jairinho, mas em nenhum momento chegou a citar as agressões. No seu segundo relato, a mulher disse ser “ameaçada” pelo tom de voz de Jairinho em uma ligação após o caso Henry vir à tona e ela ser chamada para depor.