Quase um mês após prestar o primeiro depoimento à polícia, a ex-namorada de Dr. Jairinho, a assistente social Débora de Mello Saraiva, de 34 anos, voltou até a 16ª DP (Barra da Tijuca) para dar uma nova oitiva ao delegado Henrique Damasceno.
Diferentemente do primeiro depoimento, onde negou ter sido agredida pelo ex-namorado e amante, ela relatou que foi vítima de agressões em várias oportunidades. A moça disse que a constância da violência foi tanta que ela sequer é “capaz de contabilizar”.
Na 16ª DP, Débora disse que mentiu e omitiu informações em sua primeira oitiva por se sentir “ameaçada”. Ela disse que, ao receber a intimação para depor, chegou a ligar para a irmã de Jairinho, Thalita Fernandes. Pouco depois, o próprio parlamentar telefonou para ela e disse.
“É só você falar a verdade, amor”. Débora então teria questionado: “Verdade? Você quer mesmo que eu diga a verdade?” O ex-namorado teria respondido: “Você vai falar a verdade”.
A ex-namorada e amante de Jairinho diz ter entendido, ter sido ameaçada por conta do tom do parlamentar na ligação, e que não podia “relatar o que sofreu”, tampouco “o que sabia”, principalmente pelo fato dele ainda estar em liberdade. Segundo Débora, a primeira de várias agressões ocorreu em 2016, quando ela mexeu no celular do vereador e descobriu mensagens dele com a ex-mulher, que é mãe de seus três filhos.
Câmera encontrada
Nesta sexta-feira (16), foi revelado que a perícia encontrou uma câmera espiã no cômodo onde Henry Borel dormia. O equipamento que já havia sido citado em alguns depoimentos, estava em uma caixa. Em entrevista ao RJTV, o pai de Leniel disse que a ex-mulher chegou a instalar a câmera, mas não gravou nenhuma imagem de agressão de Jairinho contra o menino.