As investigações do caso Henry Borel estão se aproximando de aproximando da reta decisiva no inquérito que chocou o país. Nesta semana, o advogado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca) colheu depoimentos importantes da babá do menino, da empregada doméstica e da irmã de Jairinho.
Em seus respectivos relatos, as testemunhas trouxeram novos desdobramentos e algumas divergências sobre o caso. Nos próximos dias, a avó materna de Henry também deve ser ouvida. Professora em uma escola pública do Rio, ela foi afastada de suas atividades após a babá dizer em depoimento que ela sabia das agressões que a criança era vítima.
Declaração polêmica e silêncio
No último final de semana, o programa “Fantástico”, da TV Globo, exibiu uma curta exclusiva com o avô de Henry. Em conversa por telefone, Seu Fernando disse acreditar na inocência da filha no inquérito que apura a morte do próprio neto.
Ainda na breve conversa, o pai de Monique disse não poder comentar para não intervir nas investigações do caso. E de fato, desde a divulgação desta entrevista, que gerou manifestações nas redes sociais, Seu Fernando não se pronunciou publicamente sobre o assunto.
“Não tenho medo. Olha, coloca aí bem bonitinho que aqui nós não temos medo de nada. Eu acredito que ainda têm dois inocentes, tá? Mas isso ainda pode ser provado e vamos aguardar. Minha filha está presa, tem um monte de irregularidades. Não posso comentar a respeito agora para não atrapalhar a investigação”, disse ele ao Fantástico do último domingo (11).
Câmera encontrada
Em uma nova varredura no apartamento onde Henry morava com a mãe e o padrasto, agentes da Polícia Civil encontraram uma câmera de monitoramento ainda na caixa. O objeto estava no cômodo onde o menino dormia, e chegou a ser citado no depoimento de Monique às autoridades.
A cabeleireira que a atendeu em fevereiro relatou que a professora a questionou onde poderia comprar uma câmera, logo após uma conversa exaltada com Jairinho.