Responsáveis por uma perícia complementar no apartamento onde Henry Borel vivia com a mãe, Monique Medeiros, e o padrasto, Dr. Jairinho, agentes policiais encontraram uma câmera de monitoramento na caixa no quarto do garoto que morreu há pouco mais de um mês.
O equipamento já havia sido citado pela mãe do menino, após ela ter recebido uma videochamada em que o filho e a babá dele, Thayná de Oliveira, relatam agressões do parlamentar.
Em depoimento prestado na última quarta-feira (14), a cabeleireira que atendeu Monique no dia 12 de fevereiro, relata que durante atendimento, a professora recebeu uma ligação de Henry, que chorando, a questionou se a atrapalhava, e ainda pediu que a mãe retornasse para casa.
A testemunha ainda relata que o tom de voz do menino em “choro manhoso”, e ele teria falado “O tio bateu” ou “O tio brigou” – a profissional diz não se lembrar a frase exata.
Monique teria ficado agitada em outra ligação, desta feita com Jairinho, e antes de sair de forma apressada do local após o atendimento, questionou à cabeleireira onde poderia encontrar no shopping uma câmera de monitoramento, e recebeu a recomendação dela.
Foi ou não usado?
O equipamento conhecido como lâmpada espiã foi encontrado na estante do cômodo onde Henry dormia. É bem provável que a câmera não tenha sido utilizada para monitorar supostas rotinas de violência que Henry era vítima.
O objeto é utilizado para monitorar ambientes, possuindo uma câmera sem fio, que pode ser sincronizada com o celular, enviando as imagens em tempo real, podendo filmar até três dias de forma ininterrupta.
Monique e Jairinho permanecem cumprindo prisão temporária de 30 dias. Ao longo desta semana, os dois trocaram de advogados, e agora são representados por pessoas diferentes no inquérito.