Aproximando-se do seu curso final, as investigações acerca do caso de morte do menino Henry Borel de Almeida, de 4 anos, podem ter desdobramentos importantes nesta semana. Após o depoimento revelador e impactante da babá do garoto na última segunda-feira (12), a Polícia Civil espera ouvir mais duas testemunhas, que foram citadas no depoimento de Thayná de Oliveira: a irmã de Jairinho, e a empregada doméstica.
Em seu segundo depoimento, a babá de Henry contou que chegou a ser procurada por Thalita, irmã de Jairinho, antes de conceder a primeira oitiva na 16ª DP (Barra da Tijuca). Na oportunidade, a jovem disse estar com medo de depor, e estava disposta a contar toda a verdade sobre ter presenciado as agressões do vereador contra Henry. A irmã do parlamentar reagiu dizendo para que ela não fosse “juíza do caso do irmão dela”.
Thayná disse que a suposta conversa ocorreu na casa de Thalita, situada em Bangu, onde também moram o pai do vereador, o ex-deputado Coronel Jairo, e a mãe, Dona Manuella.
Reunião
Os investigadores descobriram que Thayná e a emprega doméstica, Leila Rosângela de Souza, se reuniram com o advogado de defesa do casal na época, André França Barreto, antes de prestarem depoimento. Para a Polícia Civil, Rose também mentiu na sua oitiva.
Segundo a babá, ela também tinha conhecimento das agressões que Henry era vítima e, inclusive, chegou a estar presente em um dia que o garoto foi vítima de violência.
Em entrevista ao portal UOL, a doméstica negou que tenha mentido no primeiro depoimento. “No meu depoimento, eu não menti em momento algum, momento algum eu menti até porque eu faço um serviço e a babá faz outro. Inclusive, eu vou amanhã [hoje] de tarde depor de novo na delegacia”, afirmou Leila Rosângela.