A mãe do menino Henry Borel continua detida no Instituto Penal Ismael Sirieiro, no Fonseca, Zona Norte de Niterói. Ela está sendo acusada pela Justiça do Rio de Janeiro pela morte do filho, que foi declarado em óbito na madrugada do último dia 8 de março.
Monique foi detida na quinta-feira (08/04) na casa de uma parente, em Bangu, e foi levada, assim como o companheiro, Dr. Jairinho, para a delegacia, a fim de prestar novo depoimento ao delegado responsável pelo caso.
Na última segunda-feira (12/04), quem foi ouvida foi a babá de Henry, Thayná Oliveira. A jovem, que cuidava do menino desde janeiro de 2021, disse, no primeiro depoimento, que não tinha conhecimento de agressão por parte de Dr. Jairinho.
Mas há poucos dias, a polícia teve acesso a mensagens, em celulares confiscados através de um mandado de busca e apreensão, que mostravam que Thayná sabia que Henry era agredido fisicamente pelo padrasto.
No depoimento de ontem, Thayná pode se retratar falando a verdade sobre o caso. Ela contou ao delegado Henrique Damasceno que Monique mandou que ela mentisse para a polícia sobre as agressões de Dr. Jairinho a Henry.
Monique, segundo Thayná, também mandou a babá esconder as brigas do casal, que eram constantes. Diante da situação, a mãe de Henry pode ser indiciada por tentativa de obstrução da investigação por coagir uma testemunha.
O delegado Antenor Lopes, diretor do Departamento Geral de Polícia da Capital, falou que o segundo depoimento de Thayná foi “bastante contundente, minucioso” e que o relato da jovem apresenta uma “situação bem ruim para a mãe de Henry”. Antenor ainda afirmou que a babá de Henry , diante da lei, pode se retratar se reconhecer que mentiu, que foi o que aconteceu na conversa de segunda-feira.