Monique Medeiros da Costa e Silva e Jairo Souza Silva Júnior continuam presos. A professora, mãe de Henry Borel, está em um instituto penal de Niterói, enquanto o padrasto do menino, o vereador e médico conhecido como Dr. Jairinho, encontra-se em Bangu 8.
A prisão do casal ocorreu durante a manhã da última quinta-feira (08/04) e gerou grande repercussão no Brasil. A professora e o parlamentar são acusados pela morte de Henry, filho de Monique com o engenheiro Leniel Borel.
O menino morreu no dia 8 de março deste ano e em seu corpo foram encontradas lesões diversas, não condizentes com um acidente doméstico. A polícia acredita que Henry foi agredido pelo padrasto, com quem residia em um apartamento na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Jairinho e Monique foram presos por, segundo a polícia, estarem atrapalhando as investigações do caso, que aguarda um desfecho. O casal estaria coagindo as testemunhas sobre o que deveriam ou não falar em depoimento.
Recentemente, o advogado de defesa de Jairinho e da namorada, André França Barreto, fez à Justiça um pedido de habeas corpus. Nesta segunda-feira (12/04), o desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto negou o pedido do profissional e explicou o motivo.
O magistrado, que faz parte da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, disse que a realização da prisão é cabível “quando imprescindível para as investigações do inquérito policial”.
“Ora, se ela decorre de imprescindibilidade, é um contrassenso sequer cogitar de substituição por medidas cautelares diversas, que somente se aplicam em caso de prisão preventiva“, explicou o desembargador do Rio.
O advogado dos acusados afirmou que a prisão foi ilegal, que causou constrangimento para o casal, alegando não haver necessidade de tal medida para seus clientes.