Babá de Henry mentiu para não perder alto padrão de vida, supõe polícia

A profissional narrou, em tempo real, as agressões cometidas pelo patrão.

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O caso Henry vem provocando uma grande onda de revolta no Brasil inteiro. O menino que estava prestes a completar cinco anos foi declarado morto na madrugada do dia 8 de março de 2021, após ser levado a um hospital do Rio de Janeiro pela mãe, Monique Medeiros, e o padrasto, conhecido como Dr. Jairinho.

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A mãe e o namorado são principais suspeitos pela morte de Henry e estão presos. Eles foram capturados pela polícia na manhã do último dia 8 de abril após a Justiça expedir um mandado contra o casal que estava dormindo na casa e uma parente em Bangu. 

Jairinho e Monique foram detidos após a Justiça acreditar que eles poderiam estar atrapalhando a investigação, comprometendo os depoimentos ao coagir as testemunhas sobre o que deveriam falar ao delegado.

Uma das pessoas ouvidas em depoimento foi Thayna de Oliveira Ferreira, a babá de Henry. A jovem, na primeira conversa com a polícia, negou agressão ao menino e afirmou que a família era harmoniosa, o que foi desmentido pelas mensagens encontradas no aparelho celular apreendido pela Justiça.

Na conversa de Thayná com Monique, a babá narrou em tempo real a agressão cometida por Dr. Jairinho contra Henry no quarto para onde o vereador, que até pouco tempo fazia parte do partido Solidariedade, chamou a criança.

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Ao falar sobre o comportamento da babá, um investigador da polícia acredita que a profissional tenha omitido a verdade para não perder financeiramente: “Tivemos a impressão dela ter um alto padrão de vida para o salário de uma babá. Mas isso está sendo apurado, talvez seja uma motivo para ela ter mentido“, disse.