Internada lutando contra um quadro de infecção da Covid-19, a professora Jenny Teixeira Guimarães, de 33 anos, morreu na última quarta-feira (7), em Goiânia. A docente acabou não resistindo após sofrer uma parada cardiorrespiratória.
Antes de ser intubada, ela fez um desabafo em um grupo de WhatsApp sobre seus medos por conta da doença. “Orem. Eu não quero morrer“, suplicou a professora, em sua última mensagem antes de ser sedada.
Em entrevista ao portal UOL, o namorado de Jenny, Rafael Matos Ataíde, com quem ela teve duas filhas, fez um comovente desabafo. Na concepção dele, a morte do pai da companheira em pleno domingo de Páscoa, acabou intensificando o sofrimento da professora, que não teve forças para lutar contra a Covid-19.
“No domingo de Páscoa ela piorou muito, ela tem uma dependência emocional muito intensa com o pai, confiava demais nele, quando o pai dela morreu, ela desesperou. A saturação dela caiu”, disse Rafael ao UOL.
Após Jenny enviar a súplica comovente, amigos tentaram tranquilizá-la no grupo. Em menos de 48 horas, a jovem docente não resistiu no leito de UTI do Hospital Monte Sinai.
Grande comoção
De acordo com pessoas próximas, Jenny era bastante querida na escola onde trabalhava.
Professora de Língua Portuguesa, ela era muito preocupada com os colegas de profissão e tinha um bom relacionamento com os alunos. A morte da docente gerou forte comoção nas redes sociais, onde várias homenagens foram feitas.
Jenny deixou o marido e duas filhas, uma de 7 anos, que já compreende o fato de não poder ver mais a mãe, e outra de 4 anos, que tem grandes dificuldades para entender a perda irreparável.