Caso Henry: como funciona o software que achou as provas da tortura de Dr. Jairinho e expôs a conversa da babá

O vereador foi preso na manhã da última quinta-feira após a polícia conseguir recuperar as mensagens apagadas no celular de Monique.

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Dr. Jairinho e Monique Medeiros foram presos na manhã da última quinta-feira (08/04) por conta do envolvimento de ambos na morte do menino Henry Borel, de 4 anos. A polícia acredita que o garoto faleceu após ser espancado pelo padrasto com a total conivência da mãe. 

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Uma das principais provas que levaram a polícia ter esse entendimento foram as mensagens recuperadas nos smartphones do casal. Para conseguir os prints com as conversas que já tinham sido apagadas, a Polícia Civil usou um software criado em Israel pela empresa Cellebrite.

Esse software já foi usado no Brasil anteriormente em outras investigações, como no caso da vereadora Marielle Franco e na prisão do ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz. 

A tecnologia da Cellebrite permite a recuperação de dados apagados e o desbloqueio de celulares investigados a partir de algumas brechas de segurança.

Mais precisamente na investigação do possível assassinato de Henry, a polícia conseguiu recuperar prints de conversas pelo WhatsApp entre a babá e Monique, mãe da criança. Monique já tinha apagado as mensagens após a morte da criança, e o conteúdo recuperado está sendo essencial para a conclusão das investigações.

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A Cellebrite age nos smartphones procurando dados deletados, mas que ainda continuariam nos aparelhos. Seria como a lixeira da lixeira de alguns aplicativos. Todos esses dados vão se perdendo com o tempo, por isso cada segundo é valioso para se recuperar conteúdos que foram apagados pelos usuários. No caso do Henry, o uso foi fundamental para que a polícia entendesse algumas coisas sobre os suspeitos.