Caso Henry: versão apresentada por Dr. Jairinho e Monique em novo depoimento sobre morte impacta

Babá que cuidava do menino desde janeiro chegou a relatar para mãe de Henry que ele vinha sendo alvo de agressões.

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As investigações acerca do caso de morte do menino Henry Borel, de 4 anos, contaram com importantes desdobramentos na última quinta-feira (08). Tidos como suspeitos no óbito do garoto, o vereador Dr. Jairinho e a mãe da criança, Monique Medeiros, foram detidos, por atrapalharem as investigações e ameaçarem testemunhas.

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Os dois devem ser autuados por crime de tortura e homicídio duplamente qualificado. Após serem detidos na casa de uma tia de Jairinho, ambos foram levados para a 16ª DP, onde prestaram novos depoimentos sobre o caso da morte do menino.

A passagem do casal na delegacia durou mais de 5 horas e 30 minutos. Mesmo diante de todas as evidências expostas, com o menino sendo alvo de agressões denunciadas pela babá à mãe dele, os investigadores tentaram extrair a verdadeira versão sobre o que houve na madrugada do dia 8 de março, mas não obtiveram êxito. 

Apesar disso, Monique e Dr. Jairinho seguiram com a linha de depoimento prestada no início do caso, afirmando que a morte do menino se deu por um acidente doméstico. Os dois reiteraram a versão de que encontraram o menino caído no chão do quarto desacordado. Entretanto, os exames de necropsia no corpo do garoto apontaram lesões provocadas por ações contundentes, incompatíveis com um acidente doméstico. 

Palavra do advogado

Responsável pela defesa de Monique e Jairinho, o advogado André França Barreto esteve na delegacia acompanhando os clientes no depoimento. Em sua saída do local, ele também foi hostilizado por populares, e afirmou que tomará as medidas cabíveis para recorrer da prisão do casal. 

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“Não mudaram (a versão), não mudaram nada. Vamos levantar todas as medidas, com tranquilidade. Desde o início eles têm se mostrado extremamente colaborativos. Vieram à delegacia e prestaram doze horas de depoimento, nem intimados eles tinham sido”, disse Barreto, negando ainda que Henry tenha sido agredido pelos suspeitos.