Em MG, prostitutas fazem paralisação por inclusão em grupo prioritário da vacina: ‘Nossa profissão é de risco’

As profissionais pedem a inclusão da categoria no grupo de prioridade da vacinação contra a Covid-19.

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Cerca de duas mil prostitutas aderiram a uma paralisação durante esta semana, em Belo horizonte. A greve se deu pela luta da categoria para ser incluída no grupo de prioritário para a vacinação contra a Covid-19. Com hotéis da capital fechados, as garotas precisam ir para as ruas para trabalhar e acabam se expondo ao vírus.

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Segundo Cida Vieira, presidente da Associação das Prostitutas de Minas Gerais (Asprosmig), a profissão é de risco e muitas profissionais acabaram se afastando de suas funções por medo de contrair a doença, fazendo com que muitas delas passem por dificuldades financeiras.

A presidente acrescenta ainda que muitas estão sem ajuda e sem qualquer benefício vindo do governo, o que torna a vacina algo fundamental para que elas possam voltar ao trabalho em segurança e possam prover seu sustento.

Com a mudança para a classificação de onda roxa, que entrou em vigor no dia 17 de março, hotéis da região da Rua Guaicurus, centro de Belo Horizonte, foram fechados, fazendo com que mais de três mil mulheres cis e trans ficassem sem condições de trabalho.

Muitas profissionais do ramo haviam conseguido o auxílio emergencial disponibilizado pelo governo federal, em 2020, no valor de R$ 600. Agora, com a atualização do valor para menos da metade do disponibilizado anteriormente e com regras mais duras para a contemplação, muitas ficaram de fora.

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A presidente cita ainda o fato de muitos filhos de trabalhadoras da categoria estarem necessitando de itens básicos, como leite, fraudas, itens de higiene e itens da cesta básica. “Muito triste”, completou.